A Mão Invisível de Adam Smith

 A Mão Invisível de Adam Smith

1. O que entendes por “Mão Invisível”?

2. Sob certas condicionantes restritivas, uma economia concorrencial é eficiente. Explicita o que se entende por uma economia produzir eficientemente.

3. Se a “Mão Invisível” funcionar eficientemente, a intervenção do Estado na economia quase de certeza que é prejudicial. Justifica.

4. Identifica os três motivos que Samuelson refere de alcance limitado para a doutrina da “Mão Invisível”.


Respostas:

1-Cada indivíduo pretende apenas e só apenas o seu próprio ganho, com essa consciência são levados por uma espécie de mão invisível que os guia a promover um fim que não faz parte das suas intenções, pois na prossecução do seu próprio interesse, este promove frequentemente o da sociedade também, e com mais eficiência do que quando realmente têm intenção de a promover. 

2- Para uma Economia estar a produzir eficientemente esta precisa de aumentar o bem-estar do individuo, até ao ponto em que, para aumentar mais o bem-estar tem que piorar o bem-estar de outro individuo, isto é quando não se pode aumentar o bem-estar económico de um indivíduo sem piorar o de outro indivíduo.

3- Quando a Mão Invisível funciona eficientemente se o Estado intervir irá haver uma falha na Mão Invisível pois irá alterar o balanço do bem-estar económico dos vários indivíduos.

4- Os três motivos que Samuelson refere quanto ao alcance limitado da Mão Invisível são:

•  As falhas do mercado pois nem sempre o mercado faz os resultados mais eficientes.
•  Em monopólios e outras formas de concorrência imperfeita pois há ou pouca concorrência ou o equilíbrio do bem-estar é muito instável, sempre em mudança.
• As externalidades do mercado, estas serão positivas(descobertas cientificas) ou negativas(poluição) e estas efetam como o mercado reage.

Economias de Mercado vs Economias de Direcção Central - ESPAÇOS

Economias de Mercado versus Economias de Direcção Central

1. Distinga Economias de Mercado de Economias de Direcção Central quanto:

a) à articulação entre os planos dos diferentes agentes;
b) à forma como são determinados os preços; 
c) ao tipo de planeamento;
d) à propriedade dos meios de produção;
e) à equidade ao nível da repartição do rendimento.


2. As unidades de produção nas Economias de Direcção Central tinham como objectivo cumprir as metas fixadas no plano pela AEC. Nas Economias de Mercado as empresas que não forem suficientemente competitivas vão à falência.

2.1. Qual dos dois modelos de organização da actividade económica conduz a uma mais rápida adopção de novas tecnologias. Justifique.

2.2. Combinando o acelerado progresso tecnológico com a globalização dos mercados e os factores políticos, justifique o colapso das Economias de Direcção Central.


3. Quanto custa o computador portátil? [Magalhães]
O custo depende das condições económicas das famílias, que se reflecte nos escalões da Acção Social Escolar (ASE) dos alunos:
- gratuito para os alunos do escalão A da ASE;
- 20 Euros para os alunos do escalão B da ASE;
- 50 Euros para os alunos não abrangidos pela ASE. 
Comente a lógica implícita no preço estabelecido para o computador Magalhães pelo Governo, justificando a economia portuguesa como economia mista.


4. "À medida que os preços se afastam do nível de mercado, sendo fixados discricionariamente pelo Estado, aumentam as possibilidades de corrupção".
Comente fazendo referência às 3200 casas atribuídas por cunha em Lisboa (EXPRESSO/Assinatura) a artistas, jornalistas, amigos políticos que pagam em média €35 de renda, sabendo que o escândalo começou há 30 anos.



Respostas:
1.

a)

• Economia de Mercado: a articulação é nula sendo eles independentes.
• Economia de Direcção Central: a articulação é total sendo eles dependentes.

b) 

• Economia de Mercado: cada empresa / entidade determina o seu próprio preço através da "mão invisível"
• Economia de Direcção Central: os preços são definidos pelo Estado

c) 

• Economia de Mercado:a afectação dos recursos é causado pelas escolhas das empresas portanto estas economias têm um carácter indicativo em que o poder do Estado é reduzido a poucas decisões.
• Economia de Direcção Central:planeamento é imperativo, pois é inteiramente decidido pela Autoridade Económica Central em todas as decisões tomadas. 

d)

• Economia de Mercado: a propriedade é privada por pertencerem a entidades particulares.
• Economia de Direcção Central: a propriedade é colectiva pois pertence ao estado

e)

• Economia de Mercado: a repartição dos rendimentos é desigual entre os trabalhadores, pois é definida pelo  trabalho e pelo capital, no caso dos salários mais altos recebem lucros, rendimentos e juros na parte do capital;
• Economia de Direcção Central: todos recebem o mesmo independentemente de privilégios ou grupo social pois o único rendimento é o salário e estes são distribuídos em função da necessidade do individuo.

2. 

1. Dos dois modelos o que implementa mais rápido a tecnologia é a Economia de Mercado, pois existe uma concorrência entre as empresas mais pesada, que leva a que as próprias empresas invistam em novas tecnologias para poderem ser mais eficientes e sobreviverem no mercado.
2. Ao chegar a globalização as economias começaram a concorrer, o que levou ao colapso das economias de direcção central, pois estas não tinham tantas tecnologias quanto as de Mercado, que tinham de evoluir constantemente para não falirem, assim as Economias de mercado tinham preços mais baixos e mais eficientes que as de Direcção central vendendo mais. 

 3.
Nas economias puras os preços são iguais para todos independentemente do rendimento e grupo social de cada indivíduo - para as de Mercado - e nas de Direção Central os preços variam consoante o rendimento e grupo social de cada um, tendo os mais carenciados, preços menores.
As economias mistas não são nem de Mercado nem de Direção Central mas um conjunto dos dois tipos.
Neste caso os computadores Magalhães eram distribuídos pelos indivíduos segundo os seus rendimentos e grupo social chegando até a dar alguns sem preço mínimo.

4. 
A economia de direcção central tem vários problemas pois há possibilidade de haver corrupção por parte dos individuos que têm altos rendimentos e têm vários amigos que trabalham no Estado, como por exemplo alguns jornalistas, cronistas, politicos entre outros que ficam em 3200 casas da Câmara de Lisboa a pagar 35€/mês durante 30 anos enquanto os verdadeiramente carenciados ficaram e ainda ficam na rua quando os outros são protejidos pelos partidos e pelas autarquias .
Isto mostra que só quando aplicado com algum cuidado este tipo de economia funciona.